
O Índice Big Mac, calculado pela revista britânica The Economist para medir o grau de sobrevalorização ou subvalorização de uma divisa em relação ao dólar americano em mais de cem países aponta que o real é a moeda mais cara do mundo.
Segundo o estudo, que neste ano passou a considerar não apenas o preço do sanduíche, mas também o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos países, a moeda brasileira está 149% sobrevalorizada em comparação ao dólar, mais do que qualquer outra no mundo.
O estudo mostra também o euro substancialmente valorizado em relação ao dólar. A surpresa, sob o novo critério, é que o yuan não está tão subvalorizado ante o dólar, como não cansam de se queixar as autoridades americanas. Pelo contrário, a tabela aponta até sobrevalorização da moeda chinesa em relação ao dólar de 3%.
Pelo critério antigo, no entanto, que considera apenas o preço do sanduíche, o Brasil está em quarto lugar (veja quadro acima). O Big Mac brasileiro custa US$ 6,16. Com esse preço, a sobrevalorização é de 52%, já que o sanduíche nos Estados Unidos custa US$ 4,07.
No caso da China, sob a metodologia antiga usada pela Economist, haveria subvalorização de 44%. Mas, nesse caso, o estudo abre um parêntese, lembrando que o lanche mais barato na China (US$ 2,27) não prova que o yuan esteja substancialmente desvalorizado.
Pela lógica, a média de preços deve ser mais baixa nos países pobres do que nos países ricos por causa do menor custo da mão de obra.
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