Demorou, mas chegou. Dez anos depois da estreia de Harry Potter e a Pedra Filosofal, chegou ao fim uma das mais bem-sucedidas franquias do cinema e da literatura das últimas décadas. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, estreia amanhã no Cine Queluz (horários nesta página). É a derradeira aventura do bruxinho de Hogwarts que chega ao fim bem longe da inocência dos 12 anos, quando começou a série.
O ator Daniel Radcliffe cresceu, encorpou, apareceu nu no teatro e termina a série muito bem, engatilhando novos projetos e certo de que o estigma de Harry será superado por seu talento. Se conseguir isso, será uma façanha.
O ator Daniel Radcliffe cresceu, encorpou, apareceu nu no teatro e termina a série muito bem, engatilhando novos projetos e certo de que o estigma de Harry será superado por seu talento. Se conseguir isso, será uma façanha.

DESPEDIDA
Todo esse sucesso explica porque ver o último filme é como se despedir de um amigo. Adolescentes que tinham, assim como Harry, 12 anos na época que estreou o primeiro filme, passaram os dez anos de transição entre infância-adolescência-vida adulta acompanhando Harry – seja pelos livros ou pelas telas – avidamente. O mundo maravilhoso de Hogwarts soava como uma fuga da realidade perversa que cerca essa fase de descobertas muitas vezes chocantes. Mas seria injusto atribuir o sucesso da série somente aos adolescentes.
Os adultos adoram a série. Talvez estes sejam os que mais se frustrarão com o desfecho água com açúcar, apontado por muitos críticos como uma fraqueza do roteiro, sempre rico em criatividade. Embora possa parecer meio óbvio no mundo hollywoodiano, não dá pra negar que o filme é de uma beleza ímpar, não só pelos efeitos fantásticos, mas pela simplificação da história, juntando pontas e dando um sentido tão bonito, que poderia ensinar muito ao mundo sobre solidariedade e paz. Vida eterna ao bruxinho que na última década fez parte de nossas vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário